Limites – Cidades Vizinhas
São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, Itaporanga d’Ajuda e Santo Amaro das Brotas
Dados Principais sobre Aracaju
Aniversário: 17 de Março
Fundação: 1855
Gentílico: Aracajuano
Área: 174,053 Km²
População: 641 523 hab. (2016)
IDH: 0,770 – médio
Cartórios: 14 unidades
Prefeitura de Aracaju
Vídeo sobre a cidade de Aracaju
Mapa de Aracaju
História de Aracaju
Aracaju é uma cidade e capital do estado de Sergipe, no Brasil. Localiza-se no litoral, sendo cortada por rios como o Sergipe e o Poxim. De acordo com o Censo de 2010, a cidade conta com 570 937 habitantes. Somando-se as populações dos municípios que formam a Grande Aracaju: Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e São Cristóvão, o número passa para 835 564 habitantes. É apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste Brasileiro, como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do país e a capital com menor índice de fumantes, segundo o Ministério da Saúde. Anualmente, tem, como comemorações marcantes em seu calendário festivo turístico, os eventos do Pré-Caju, Forró Caju e o Verão Sergipe.
História
A história da cidade de Aracaju está fortemente relacionada à da cidade de São Cristóvão, pois era esta a antiga capital da Capitania de Sergipe, atual estado de Sergipe. Foi a partir da decisão de mudança da cidade que abrigaria a capital provincial que Aracaju pôde existir e cresceu. Fundada em 1855, foi a primeira capital planejada de um estado brasileiro; seu formato remete a um tabuleiro de xadrez. Todas as ruas foram projetadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem no rio Sergipe. Até então, as cidades existentes antes do século XVII adaptavam-se às respectivas condições topográficas naturais, estabelecendo uma irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs essa irregularidade e Aracaju foi, no Brasil, um dos primeiros exemplos de tal tendência geométrica.
De povoado a capital
As terras onde hoje se encontra Aracaju originaram-se de sesmarias doadas a Pero Gonçalves por volta do ano de 1602. Eram compostas de 160 quilômetros de costa, mas, em todas as margens, não existia nenhuma vila, apenas povoados de pescadores.
No ano de 1699, tem-se notícia de um povoado surgido às margens do Rio Sergipe, próximo à região onde este deságua no mar, com o nome de Santo Antônio de Aracaju. Seu capitão era o indígena João Mulato. Em meados do século seguinte, em 1757, Santo Antônio de Aracaju vivia sem maiores crescimentos e já era incluída como sítio da freguesia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba.
Na então capital de Sergipe, São Cristóvão, estava-se tendo dificuldades com relação aos portos. Como a capital ficava no interior do estado, a navegação até os portos era somente fluvial, o que era um inconveniente, uma vez que os maiores navios não tinham passagem por conta da tonelagem, fazendo os portos sergipanos servirem apenas para pequenas embarcações.
A partir de 1854, a praia que hoje é de território de Aracaju, perto da foz do Rio Sergipe, despertou grande interesse do governo da província de Sergipe, que transferiu a alfândega e a Mesa de Rendas Provinciais para aquele local e construiu uma Agência do Correio e uma Sub-Delegacia Policial. Além disso, um porto foi construído na praia, denominada “Atalaia”.
A província necessitava de um porto de porte maior para seu progresso. No dia 2 de março de 1855, a Assembleia Legislativa da Província abriu sessão em uma das poucas casas existentes na Praia de Atalaia. Nesta sessão, tendo previamente analisado a situação em que se encontrava a província, Inácio Joaquim Barbosa, o primeiro presidente da Província de Sergipe Del Rey, decidiu transferir a capital de Sergipe, que era São Cristóvão, para a cidade portuária que seria erguida ali. A decisão foi recebida com grande surpresa pelos presentes.
Assim, no dia 17 de março de 1855, Inácio Joaquim Barbosa apresentou o projeto de elevação do povoado de Santo Antônio de Aracaju à categoria de cidade e a transferência da capital da província para esta nova cidade, que foi chamada simplesmente de Aracaju. Foi um dos momentos mais importantes e de maior repercussão da história de Sergipe. A nova localização da capital iria beneficiar o escoamento da produção principalmente açucareira da época, além de representar um local mais adequado para a sede do governo para o desenvolvimento futuro. A cidade de São Cristóvão não se revoltou de forma violenta contra a decisão, tendo apenas feito manifestações de protesto.
Dessa forma, Aracaju passou à frente de várias cidades já estruturadas, com melhores condições enquanto desenvolvimento urbano. Cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga se apresentavam em condição superior à de Aracaju.
Desde então, Inácio Joaquim Barbosa vem sendo considerado o “fundador de Aracaju”, tendo atualmente um monumento em sua homenagem na Orla de Atalaia. Por não se ter tido êxito em encontrar nenhum retrato do primeiro presidente de Sergipe, o monumento não é uma estátua, mas uma estrutura de aço de 5,5 metros de altura e 2 200 quilogramas.
Somente em 1865 a capital se firmou. A partir dessa data ocorre um novo ciclo de desenvolvimento, que dura até os primeiros e agitados anos da proclamação da República.
Em 1884, surge a primeira fabrica de tecidos, marcando o inicio do desenvolvimento industrial. Em junho de 1886, Aracaju tinha 1 484 habitantes e já havia a imprensa oficial e algumas linhas de barco para o interior.
Em 1900, inicia-se a pavimentação com pedras regulares e são executadas obras de embelezamento e saneamento.
Centro do poder político-administrativo, a Praça do Palácio (atual Praça Fausto Cardoso) foi o ponto de partida para o crescimento da cidade, pois todas as ruas foram ordenadas geometricamente para terminar no Rio Sergipe..
Planejamento urbano
Como Aracaju surgiu com o objetivo de sediar a capital da província de Sergipe del-Rei, que se localizava na cidade de São Cristóvão, segundo alguns historiadores, o Centro (Aracaju) foi idealizada com “planejamento urbano” desde o início, pois as primeiras ruas estão organizadas de forma a lembrar um tabuleiro de xadrez.
O responsável pelo desenho da cidade de Aracaju foi o engenheiro Sebastião José Basílio Pirro. A construção da cidade apresentou algumas dificuldades de engenharia, pois a região continha muitos pântanos, pequenos lagos e mangues.
Apesar de se saber o dia exato de fundação da cidade, não se sabe com certeza qual foi o ponto inicial urbano. É provável que ela tenha sido ocupada a partir da atual Praça General Valadão, onde se situava o porto.
Existe um bairro na cidade chamado Bairro América (Aracaju), o nome das ruas dele em grande parte são nomes dos outros países da América, há, também, em Aracaju, ruas que homenageiam os outros estados da federação e há bairros como o Médici e o Castello Branco que fazem homenagem aos generais que comandavam o país na época em que os mesmos foram construídos.
Festas populares
Em Aracaju acontecem grandes festas populares que já fazem parte do calendário nacional, como o Pré-Caju que acontece quinze dias antes do carnaval. Essa micareta reúne milhares de foliões que vão atrás do trio de grandes nomes da música brasileira, Asa de Águia, Ivete Sangalo, Chiclete com banana, Banda Eva, Aviões do Forró, Harmonia do Samba , dentre outros. Desde a sua última edição vem despontando a música da sergipana Maysa Reis que tem sido tida como uma das maiores idosos locais e a qual é apadrinhada por Ivete Sangalo.
No mês de junho a cidade de Aracaju vira um verdadeiro arraial na Vila do forró, na Orla de Atalaia, e no Forró Caju, na praça dos mercados municipais, com grandes nomes do forró: Elba Ramalho, Dominguinhos, Aviões do Forró, Zé Ramalho, Calcinha Preta, Calypso, Desejo de Menina e outros.
Para homenagear a comunidade de moradores desta maravilhosa cidade, o Encontra Sergipe criou o Encontra Aracaju.